Jader Barbalho: senador que renunciou em 2001 para evitar processo de por quebra de decoro parlamentar, que poderia resultar na cassação do mandato, é um dos seis parlamentares contrários ao voto aberto| Foto: Agência Câmara

O site Congresso em Foco divulgou um levantamento nesta sexta-feira (15) sobre o voto secreto no Senado. Segundo o estudo, dos 81 senadores em exercício, 69 dizem ser favoráveis ao fim do voto secreto em casos de cassação de mandato, e apenas seis são contrários ao voto aberto nessa situação - destes, três são do PMDB.

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De acordo com o levantamento, os senadores que são contra o voto aberto são: Armando Monteiro (PTB-PE); Ciro Nogueira (PP-PI); Jader Barbalho (PMDB-PA); Kátia Abreu (PSD-TO); Lobão Filho (PMDB-MA); e Romero Jucá (PMDB-RR). Outros seis senadores não quiseram se manifestar sobre o assunto. São eles: Fernando Collor (PTB-AL), João Ribeiro (PR-TO), José Sarney (PMDB-AP), Paulo Bauer (PSDB-SC), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Sérgio Petecão (PSD-AC).

O site informou que o levantamento foi feito a partir de entrevistas feitas com os próprios senadores ou por informações das suas assessorias. Além da cassação, o voto secreto é previsto em outras situações no Congresso, como apreciação de veto presidencial, indicação de autoridades e composição de mesas diretoras, entre outras.

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O levantamento ressalta que existe uma "profunda" diferença entre o que os senadores declararam e a realidade na tramitação das PECs sobre o tema chama a atenção. A PEC mais antiga sobre o tema é de 2001, e foi apresentada pelo ex-deputado e ex-governador de São Paulo Luiz Antonio Fleury (PTB). Foi aprovada em primeiro turno pela Câmara em 2006 e, desde então, não há qualquer vestígio de decisão para a sua votação em segundo turno.