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Miriam Belchior, ministra do Planejamento (ao centro): PAC será preservado apenas se o contingenciamento não exigir cortes em obras | José Cruz / Agência Brasil
Miriam Belchior, ministra do Planejamento (ao centro): PAC será preservado apenas se o contingenciamento não exigir cortes em obras| Foto: José Cruz / Agência Brasil

Brasília - O corte de gastos determinado pela presidente Dilma Rousseff aos ministros ontem, na primeira reunião de toda a equipe, pode atingir até mesmo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um dos carros-chefe da nova administração. A presidente determinou à sua equipe fazer cortes começando por gastos de custeio. Mas a redução de despesas pode atingir também os investimentos em obras, caso seja necessário para cumprir a meta de superávit primário de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Ministros comentaram que serão necessários cortes em investimentos, porque apenas as reduções de custeio não são suficientes para fazer a economia necessária para o pagamento de juros da dívida –o chamado superávit primário.

Dilma, que foi chamada por Lula de "mãe do PAC", autorizou que sejam continuadas apenas obras do programa em andamento, sem iniciar novas. "O PAC está preservado dependendo do tamanho do contingenciamento que se deve fazer", disse ao final do encontro a ministra do Planeja­­mento, Miriam Belchior.

Dilma deu prazo até 4 de fevereiro para que os ministros apresentem um plano de cortes. Ela apontou como redução imediata o custo do governo com passagens, aluguéis e compra de móveis e equipamentos. Informou que ainda não há um volume global a ser cortado. O valor do bloqueio no orçamento deve superar os R$ 40 bilhões.

Crescimento

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou uma projeção de crescimento médio anual da economia de 5,9% ao ano até 2014. A média durante o governo Lula foi de 4%. O ministro também apresentou dados que mostram que o nível de investimento no Brasil atingirá 24% do PIB em 2014. Hoje, esse índice é de 19%.

O ministro disse que o crescimento do país é sustentável, sem desequilíbrios macroeconômicos, com inflação sob controle e solidez fiscal. Segundo o ministro, o esforço econômico do governo "não se trata de um ajuste fiscal clássico, com desemprego, recessão e redução dos investimentos", mas um "esforço de racionalização de despesas com aumento da eficiência do gasto público".

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