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Mauro Ricardo Costa, secretário da Fazenda. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Mauro Ricardo Costa, secretário da Fazenda.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A base de apoio ao governo do Paraná rejeitou dois requerimentos potencialmente constrangedores para o Executivo. Um deles questionava “indicações políticas” na Receita Estadual. Outro, convocava o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, para dar explicações sobre a extinção das delegacias regionais da Receita em Foz do Iguaçu e União da Vitória.

O governo conseguiu sair vitorioso nas duas votações, mas os discursos deixaram claro a insatisfação dos deputados com o secretário. Nereu Moura (PMDB), de oposição, se referiu a Costa como “Maurinho Malvadeza”, “governador em exercício” e ainda disse que ele “cantava de galo” sem conhecer o Paraná.

Chico Brasileiro (PSD) disse que as medidas tomadas pelo secretário são “antieconômicas”, que suas decisões são feitas “só olhando o computador, sem conhecer o estado” e que ele “nem sabe que Foz é município de fronteira”.

Hussein Bakri (PSC), que costuma fazer comentários duros sobre Costa, disse em plenário que conversou com o secretário e que ele teria admitido que “agiu de forma errada ao conduzir o processo”. Ele disse, ainda, que o secretário sinalizou com a possibilidade de reverter essa decisão sobre as delegacias. Essas informações não foram confirmadas pela Secretaria da Fazenda.

A insatisfação dos deputados se deve a decisão da secretaria da Fazenda de eliminar as duas delegacias. O motivo seria o enxugamento de custos. Foz e União da Vitória passaram a ser atendidas pelas delegacias de Cascavel e Guarapuava, respectivamente.

Requerimentos

A oposição apresentou um requerimento pedindo explicações de Costa por uma declaração dada à Gazeta do Povo. Em entrevista, o secretário disse que “os parlamentares que estão reclamando [das mudanças] deveriam esquecer a Receita Estadual, que já teve muitos problemas, alguns deles provocados por indicações políticas”.

Os deputados de oposição questionam quais foram as “indicações políticas” feitas desde 2011, especificando nome, local e data.

Já Chico Brasileiro solicitou a convocação do secretário para que ele explicasse em plenário os motivos da extinção das duas delegacias. A secretaria da Fazenda chegou a responder o deputado via ofício, mas o parlamentar considerou a resposta insuficiente.

Um dos pontos levantados é que a secretaria disse que teria consultado lideranças comerciais locais antes de ter tomado a decisão. Entretanto, entidades comerciais de Foz teriam se colocado contra a medida.

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