Em 6 de setembro de 1992, dias após o pedido de impeachment contra Fernando Collor ter sido aceito pelo presidente da Câmara, 75% da população defendia o afastamento do presidente, segundo pesquisa Datafolha.
A pesquisa mais recente sobre a presidente Dilma Rousseff, realizada em 25 e 26 de novembro, antes, portanto, do pedido de afastamento ser acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mostra 65% de apoio ao afastamento.
Segundo a pesquisa Datafolha, 30% afirmam que o Congresso não deveria abrir um processo para afastar Dilma e 5% estão indecisos. A mesma pesquisa revela que 56% não acreditam que ela será afastada, enquanto 36% acham que Dilma perderá seu cargo.
Em 1992, 18% eram contra o afastamento de Collor e 7% não sabiam.
Na época, o governo Collor tinha desaprovação de 68%. Apenas 10% julgavam sua gestão ótima ou boa.
A última pesquisa Datafolha aponta desaprovação de 67% para Dilma. O índice só não é pior do que os 71% atingidos em pesquisa de agosto deste ano. Atualmente, 10% consideram o governo da petista ótimo ou bom.
Antes do impeachment de Collor ser deflagrado, em 16 de setembro, 70% defendiam seu afastamento e 21% eram contra.
Nessa data, 55% acreditavam que o Congresso não aprovaria o impeachment.
Em 29 de setembro, dia da votação do impeachment pelos deputados, a porcentagem havia crescido para 80%. Indecisos somavam 7% e os que defendiam a permanência de Collor eram 13%.
A Câmara acolheu o impeachment de Collor por 441 votos a favor e 38 contra. Ele foi afastado do cargo três dias depois, em 2 de outubro.
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