A apólice de seguro do Consórcio Via Amarela prevê o pagamento de R$ 24 milhões por danos materiais e morais às vítimas do desabamento das obras do Metrô na futura estação Pinheiros. As indenizações foram discutidas em uma reunião na tarde desta segunda-feira entre os defensores públicos, que foram nomeados para representar as vítimas do desabamento, representantes do Consórcio e da seguradora (Unibanco AIG).

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- Cada parte apresentou os seus melhores argumentos. Existe o interesse de todos em uma posição conjunta. A apólice prevê a cobertura de R$ 20 milhões por danos materiais e R$ 4 milhões do danos morais. Se for necessário superar esse limite, vamos procurar meios para que isso aconteça - disse Carlos Loureiro, defensor público.

Ainda nesta segunda-feira, os defensores públicos e o subprefeito de Pinheiros, Milton Elias Nachle, terão um encontro com os moradores que tiveram a casa interditada e foram encaminhados para hotéis da região. Loureiro disse que é preciso uma solução rápida para o pagamento, mas as indenizações devem, antes de tudo, ser justas, para suprir todos os prejuízos das pessoas desalojadas e dos familiares das seis vítimas mortas.

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- Não basta um pagamento rápido. É preciso um pagamento justo - afirmou.

A segurada teria, de acordo com as regras, um mês para fazer o pagamento, a partir do acordo fechado. Desde o início, os defensores defendem um acordo para que o processo não se arraste por anos na Justiça. Representantes de alguns órgãos públicos, de defesa da Pessoa Humana, chegaram a cogitar a possibilidade de o executivo exigir o pagamento imediato das indenizações, por meio de um decreto.

Uma nova reunião entre a Defensoria Pública, representantes do Consórcio Via Amarela e do Unibanco ocorrerá na quarta-feira, dia 24. A Defensoria Pública está representando 37 famílias desalojadas. Outras reuniões com o Consórcio estão acontecendo com advogados contratados pelos moradores atingidos no acidente.

Técnicos da subprefeitura de Pinheiros devem começar nesta terça-feira as vistorias nas casas interditadas ao redor da futura estação do Metrô, que desabou na sexta-feira, dia 12. Somente depois das análises é que os moradores poderão voltar para as suas residências. Segundo a Defesa Civil, 55 imóveis foram interditados. Três casas foram demolidas e outras 10 condenadas.

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