Terminou por volta das 12h30 deste domingo (4) a rebelião iniciada na noite de sábado (3) na Fundação Casa Escola (antiga Febem) de Araraquara (a 273 km de São Paulo). A confusão terminou, após a entrada da Tropa de Choque no local.
Segundo a direção da unidade, a Tropa de Choque foi ao local para realizar uma vistoria. Foram encontrados na instituição uma faca e vários estiletes. Ninguém ficou ferido. O funcionário da instituição Nilton Retondo já foi liberado e passa bem.
Foram 16 horas de rebelião. O tumulto começou às 20h30 de sábado com uma briga entre dois internos. Quando os policiais foram separar um deles do restante do grupo, durante uma revista, os jovens se amotinaram.
Inicialmente, eles fizeram dois internos e um agente de segurança reféns. Um dos internos foi solto, antes das negociações serem suspensas por volta das 3h da madrugada deste domingo. E o outro foi solto logo em seguida. Apenas o funcionário continuou ameaçado até o final da confusão.
Durante a rebelião, o líder dos revoltosos, que se identificou como Bi, disse aos policiais, ao ser perguntado o que eles queriam para terminar com o motim, que era a presença de mais familiares. Domingo é dia de visita e por volta das 11h as famílias estavam previstas para chegar ao local.
A presidente da Fundação Casa Escola, Berenice Gianella, confirmou ao G1 que a rebelião começou após uma briga. "Ficamos até 1h30 (de domingo) tentando negociar, eles não tinham reivindicação. Uma hora um reclamava: Quero visita da minha tia'. O outro pedia dois cigarros a mais por dia, não havia um motivo. A coisa toda começou por causa de uma briga. As notícias que tínhamos era de que a unidade estava tranqüila, felizmente ninguém se machucou."
A Fundação Casa Escola de Araraquara é composta por duas unidades, uma de internação com 45 adolescentes e outra de internação provisória com 17. Apenas a de internação se rebelou. A capacidade total é de 72 jovens.