Após 88 dias em greve, os médicos de Alagoas decidiram retornar, nesta sexta-feira (24), ao trabalho. Eles aprovaram em assembléia a proposta de reajuste parcelado de 39,3% dividido em cinco vezes.
O acordo entre o estado e a categoria foi parcial. Os médicos ainda exigem que o Governo aceite a suspensão das demissões coletivas e querem a anulação dos dias descontados e das multas aplicadas pela Justiça.
A Justiça anunciou que os grevistas teriam que pagar multa de R$ 100 por dia parado, desde terça-feira (21). Para Mário Jorge Uchôa, procurador-geral do estado, a retirada das sanções não depende do Poder Executivo. "Informamos aos grevistas que eles deveriam entrar com requerimento na Justiça. Como seremos consultados, o posicionamento do Governo do estado será o de acatar a decisão do Judiciário."
Mesmo com a volta dos médicos ao trabalho, o atendimento não deve ser normalizado nas unidades de saúde do estado. Outros 5 mil servidores ligados à Saúde - como enfermeiros e técnicos de enfermagem - continuam parados. A categoria quer, no mínimo, o mesmo reajuste dado aos médicos.
Na Paraíba, o impasse continua. A greve dos cardiologistas entrou no nono dia. No último fim de semana, uma mulher de 28 anos com problema no coração morreu. Ela estava na fila de espera por uma cirurgia.
Deixe sua opinião