São Paulo (Folhapress) A saída do senador Cristovam Buarque (DF) do PT foi um passo político longamente ensaiado pelo engenheiro mecânico, ex-reitor, ex-governador e ex-ministro da Educação.
Desde sua demissão pelo telefone da pasta de Educação, sua desfiliação do PT era uma questão de tempo, afirma quem acompanha o ex-ministro em sua carreira parlamentar.
Foi um crítico de primeira hora da gestão Lula e, mesmo quando ministro, teve arroubos porque supostamente o Planalto não daria a atenção devida ao seu ministério. Na tribuna do Senado, somente aumentou o tom das críticas.
O próprio Buarque admitia que seu trânsito dentro do PT não era dos melhores. "Eu votei no Brizola em 89, não sou da turma, e política é muito de turma", afirmou ele.
Buarque tem o diploma de Engenharia (1966) pela Universidade Federal de Pernambuco, com doutorado em Economia (1973) pela francesa Sorbonne. Foi reitor da Universidade de Brasília entre os anos de 1985 e 1989 e governou o Distrito Federal na gestão 1995-1998, elegendo-se senador pelo PT em 2002.
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