Administrativos estão em greve por 48 horas
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) anunciou nesta quinta-feira o fim do calendário de paralisações dos policiais federais. Segundo a associação, em um acordo firmado entre sindicalistas e o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, o governo se comprometeu a pagar um reajuste de 30%.
O valor é a segunda parecela de um aumento de 60% assinado no ano passado entre os policiais e os ministros Márcio Thomaz bastos (Justiça) e Paulo Bernardo (Planejamento). O governo se comprometeu a definir a forma de pagamento em uma reunião marcada no próximo dia 8. É possível que o pagamento seja parcelado. O reajuste equipararia os salários dos delegados aos de procuradores da República
- Foi muito positiva a reunião. O governo reconheceu que deve e que vai cumprir o acordo firmado no ano passado. Então, a princípio, vamos suspender as paralisações - disse o presidente da ADPF, Sandro Torres.
Uma greve prejudicaria, por exemplo, o policiamento durante a visita do Papa Bento XVI ao Brasil, no mês de maio.
Na quarta-feira da semana passada, um protesto de 24 horas em todo o Brasil suspendeu investigações e provocou filas em aeroportos. Segundo a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), cerca de nove mil delegados, agentes, peritos, escrivães e papiloscopistas cruzaram os braços.
A paralisação resultou em filas nos aeroportos de Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Salvador e Porto Alegre, além dos pontos de fronteira em Uruguaiana e Foz do Iguaçu, onde foram feitas operações-padrão. Também ficaram prejudicados os andamentos da Operação Hurricane (Furacão, em inglês), que prendeu bicheiros, donos de casas de bingo, advogados, policiais e autoridades do Judiciário.
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