O governo federal cedeu às pressões do Congresso Nacional e fechou um acordo para assegurar a aprovação do orçamento da presidente eleita Dilma Rousseff até o dia 22. Da receita adicional de cerca de R$ 22 bilhões, aprovada pela Comissão Mista do Orçamento, a relatora Serys Slhessarenko (PT-MT) deve comprometer R$ 19 bilhões. Ou seja, seria um "corte" de apenas R$ 3 bilhões.
Na manhã de ontem, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o governo quer o Congresso corte R$ 10 bilhões do orçamento de 2011. A equipe econômica vem insistindo na necessidade de ajuste nas receitas como uma forma de conter as pressões dos parlamentares por mais gastos.
Estão em exame no Legislativo propostas como a criação de um piso nacional de salário para as polícias civil e militar e corpo de bombeiros, cujo impacto é estimado em R$ 42 bilhões. Há também pressões por reajustes salariais no Judiciário e no Legislativo, além do aumento do salário mínimo.
Na semana passada, Bernardo foi ao Congresso Nacional pedir um corte de R$ 12 bilhões na despesa. Os parlamentares concordaram, mas ao mesmo tempo tomaram uma decisão na direção contrária: elevaram a projeção de receitas em R$ 4,7 bilhões, em relatório aprovado nesta semana. "Fiquei contrariado com o aumento. Mas o que o Congresso fez em anos anteriores foi mais do que isso", comentou o ministro. Considerando que os parlamentares já tinham elevado a estimativa de arrecadação em R$ 17 bilhões no mês passado, o resultado é uma ampliação de receitas em R$ 22 bilhões para um corte de R$ 12 bilhões.
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