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Ex-governador da Bahia e antigo aliado do senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007), o ministro dos Transportes, César Borges (PR), selou o apoio ao PT e vai apoiar a candidatura do secretário petista Rui Costa ao governo da Bahia. Esta será a primeira vez que PT e PR estarão na mesma chapa numa disputa pelo governo baiano.

Em 2010, Borges dividiu o palanque com ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) em oposição ao governador Jaques Wagner, enquanto em 2006 apoiou a reeleição do então governador Paulo Souto (PFL, hoje DEM), também contra o petista.

No evento que selou a aliança em Salvador, hoje, o ministro afirmou que "a política é dinâmica" e que o alinhamento do partido com o PT na Bahia "foi natural", já que o partido integra a base da presidente Dilma Rousseff (PT).

O governador Jaques Wagner, por sua vez, disse que o alinhamento da aliança nacional na Bahia "fortalece as campanhas de Dilma [Rousseff] e Rui [Costa]".O PR já vinha adotando uma posição governista na Bahia desde 2012, mas somente este ano passou a integrar o primeiro escalão do governo Jaques Wagner, com a secretaria de Turismo.

Divergências

Com uma trajetória política distinta à de Jaques Wagner, Borges ensaiou uma aproximação com o petista ainda em 2010, quando tentou sem sucesso se reeleger para o Senado.

A aliança acabou não acontecendo por dois fatores: o PT não aceitou coligar-se com o PR na eleição proporcional (para deputados), e Borges temia não ter o apoio da militância petista na eleição para o Senado. Confiando na promessa de palanque duplo de Dilma na Bahia, Borges aliou-se a Geddel em 2010. Na campanha, contudo, a então candidata a presidente defendeu num comício em Salvador o voto em Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT) para o Senado. Ambos foram eleitos.

Mesmo com a aproximação com o PT, permaneceram algumas rusgas entre o hoje ministro e o governo da Bahia. Em 2012, durante a greve da polícia, disse que Wagner "deveria descer do pedestal".O vice-governador e provável candidato ao Senado da chapa, Otto Alencar (PSD), também é apontado como desafeto de Borges. Em 2010, o hoje ministro tentou impugnar na Justiça a candidatura de Alencar na chapa de Jaques Wagner.

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