Pecuarista José Carlos Bumlai está preso em Curitiba.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A defesa de José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, pediu ao juiz Sergio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, a revogação da prisão preventiva do pecuarista, com base no depoimento dado à Polícia Federal na última segunda-feira, no qual ele confessou ter retirado empréstimo no Banco Schahin destinado ao PT, cuja quitação foi vinculada a um contrato do Grupo Schahin com a Petrobras.

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“Muito embora a confissão não seja equivalente à colaboração premiada, é incontroverso que a sua presença afasta os riscos que outrora justificaram a decretação da custódia cautelar”, afirmaram os advogados, lembrando que no depoimento, que durou mais de seis horas, Bumlai não só explicou os fatos onde esteve envolvido como “prestou diversas informações acerca de outros considerados suspeitos”.

A confissão, assinalam, “alterou drasticamente” a situação de Bumlai, pois não se pode mais falar em risco à investigação e à instrução, fundamentos empregados para justificar a prisão.

Os advogados afirmam que Bumlai, além de confessar, “não destruiu provas, não tentou fugir, não coagiu testemunhas e não deu nenhum indicativo de que iria obstruir as investigações”, ao mesmo tempo em que “manifestou boa fé em cooperar”, tornando desnecessária a prisão porque “ficou demonstrado que não há intenção de obstruir investigações”.

Os advogados afirmaram que Bumlai tem 71 anos, quatro filhos e sete netos, “não tem passaporte estrangeiro e não movimenta nem nunca movimentou contas em paraísos fiscais”.