O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rebateu nesta quarta-feira (10) o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) e disse ter sido "absolutamente despropositada" a afirmação do petista de que foi vítima de juízo de "exceção" no julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Gurgel disse ainda que ao longo dos sete anos do processo "jamais houve perseguição do Ministério Público" e que houve o amplo direito de defesa, sem nenhuma acusação leviana.

"O Supremo tem desde o início do inquérito se esmerado em assegurar aos acusados o devido processo legal, a observância de direitos e garantias previstos na Constituição. É um julgamento longe de constituir julgamento de exceção, constitui exemplo magnífico de julgamento feito por tribunal de um país de Estado democrático de direito", disse.

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O procurador-geral voltou a defender as provas do processo contra todos os réus. "Jamais houve perseguição do MP e, como se afirma desde o início, é uma acusação baseada em provas. Não se fez qualquer acusação leviana, mas uma acusação que é amparada fartamente com as provas dos autos".

Gurgel reafirmou que o julgamento será "marco histórico ao país no sentido de condenação definitiva de certas práticas de novas políticas", afirmou.Ele voltou a minimizar a ameaça das defesas dos réus condenados de recorrer à OEA (Organização dos Estados Americanos) para rever a punição.

"Eu vejo essas afirmações como direito dos acusados de diante de um juízo condenatório pretender afirmar que não é um julgamento definitivo, quando temos julgamento definitivo", disse.

Em nota divulgada ontem após a condenação por corrupção ativa, Dirceu afirmou ter sido "linchado" e vítima de um juízo de "exceção"."Fui transformado em inimigo público número 1 e, há sete anos, me acusam diariamente, pela mídia, de corrupto e chefe de quadrilha. Fui prejulgado e linchado", disse o ex-chefe da Casa Civil.

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