Duas semanas após divulgar áudios de conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o juiz Sergio Moro voltou a mencionar o petista em um despacho da Operação Lava Jato nesta sexta-feira (1º).
Na decisão que determina prisões e conduções coercitivas da fase “Carbono 14” da operação, Moro reproduz depoimentos de envolvidos que citam Lula. Diz, por exemplo, que, de acordo com o operador Marcos Valério de Souza, o ex-presidente foi vítima de “extorsão” pelo empresário Ronan Maria Pinto, assim como outros integrantes do PT.
Valério disse que o pecuarista José Carlos Bumlai foi escolhido para intermediar um empréstimo, que teria Ronan como beneficiário final, por ser amigo de Lula. Disse que à época seria preciso localizar “uma pessoa de confiança do presidente” para a obter o empréstimo. Ronan foi preso nesta sexta.
Lula é citado em outra ocasião no despacho de Moro. Em uma das transcrições, o empresário e delator Salim Schahim afirma que Bumlai contou que uma negociação da empreiteira Schahim com a Petrobras, também relacionada ao empréstimo, estava “abençoada” por Lula.
Nesta quinta-feira (31), o STF manteve, por 8 votos a 2, decisão do ministro Teori Zavascki que tinha mandado Moro enviar todas a investigações relacionadas a Lula na Lava Jato para a corte, já que envolviam autoridades com foro privilegiado.
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