Sem apoio político para se manter no cargo, o procurador-geral da União, Jefferson Carús Guedes, pediu exoneração ontem alegando que a providência tinha o objetivo de poupar a Advocacia- Geral da União (AGU). A providência foi tomada horas depois da veiculação de reportagem informando que Guedes é suspeito de formação de quadrilha num processo que tramitava na Justiça Federal.
No pedido de exoneração, Guedes afirma que é inocente e esclarece que pediu a exoneração porque não existe a hipótese de licenciamento do cargo. Ele ressalta que a tramitação da ação que existia contra ele foi suspensa por uma liminar do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região.
O processo contra Guedes é resultado de desdobramentos da Operação Perseu, realizada pela Polícia Federal em 2004. Conforme as investigações, há suspeitas de fraudes na Previdência de cerca de R$ 100 milhões. Guedes era na época procurador-geral do INSS e a acusação contra ele foi feita pela Procuradoria da República com base no inquérito da Polícia Federal.
O ex-procurador criou há duas semanas uma força-tarefa para propor ações civis públicas com o objetivo de combater a corrupção e a improbidade administrativa. A AGU anunciou que Guedes será substituído interinamente pelo advogado-geral da União adjunto, Fernando Luiz Albuquerque Faria.
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