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Presidente da Câmara Municipal de Porto Seguro (sul da Bahia), o vereador Élio Brasil (PT) afirmou na quinta-feira (20) que, se for preciso, pegará em armas para defender a democracia e o governo Dilma Rousseff (PT).

A mensagem, direcionada a um grupo de aliados e eleitores por meio do WhatsApp (aplicativo de celular), foi postada durante as manifestações contra o impeachment da presidente realizada na cidade baiana. “Se for preciso pegaremos em armas para defender a democracia e o governo eleito democraticamente pelo povo. E só pra lembra [sic] em 64 já fizemos para ter essa democracia que temos hoje”, afirmou.

Procurado pela reportagem, o vereador confirmou nesta sexta (21) a declaração, mas disse que falou em “pegar em armas” no sentido figurado.

O vereador Élio Brasil disse que falou no sentido figurado. Câmara Municipal de Porto Seguro

É mais um aliado de Dilma que fala em pegar em arma em menos de dez dias. Em evento com movimentos sociais no palácio do Planalto, o presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, afirmou estar preparado com “armas” e um ”exército” para barrar qualquer tentativa de tirar a presidente do poder.

No caso baiano, Brasil disse reiterou ainda, em outra mensagem pelo aplicativo, que pegaria em armas e lembrou que na época da ditadura tucanos como e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra foram exilados. “É claro que hoje não tem cabimento falar para as pessoas pegarem em fuzis ou metralhadoras. Não estou incentivando os trabalhadores a pegar em armas militares”, disse o petista.

Além de vereador, Élio é dirigente do sindicato que representa funcionários de hotéis e restaurantes da região e filiado à CUT.

Figura de linguagem

Em evento em Brasília, o presidente nacional da CUT disse: “somos defensores da unidade nacional, da construção de um projeto de desenvolvimento para todos e para todas. E isso implica, neste momento, ir para as ruas entrincheirados, com armas nas mãos, se tentarem derrubar a presidenta”. Na ocasião, o dirigente também afirmou que usou uma “figura de linguagem” e não teve intenção de incitar a violência.

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