O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Carlos Lupi pediu exoneração, neste domingo (4), dias depois de o Conselho de Ética da Presidência da República ter recomendado à presidente Dilma Rousseff a demissão dele. O pedido foi confirmado durante a noite pelo próprio Lupi, no blog do Trabalho, hospedado no site do MTE. Ele foi o sétimo ministro a deixar de integrar a equipe de governo antes do término do primeiro ano de mandato. "Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence", assina Lupi.
A saída de Lupi ocorreu em meio a denúncias envolvendo uma viagem feita por ele ao Maranhão em um avião particular. De acordo com as denúncias, a aeronave foi providenciada pro um diretor de ONGs com convênios com o Ministério. Após a enxurrada de acusações, o Conselho de Ética da Presidência da República divulgou, nesta semana, um parecer recomendando à Dilma a demissão do ministro.
"Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável", explica o ex-ministro, em nota.
No texto em que comunica o pedido de exoneração, Lupi relembra que permaneceu à frente do MTE por quase cinco anos. Ele destaca que foram gerados "milhões de empregos" e que "milhões" de trabalhadores foram qualificados, além de o ponto eletrônico ter sido regulamentado. "Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence", finaliza.
Lupi começou sua trajetória no MTE ainda no governo Lula, por indicação do PDT. Antes dele, outros seis ministérios já haviam tido baixas. Casa Civil (com a queda de Antonio Palocci), Transportes (Alfredo Nascimento), Defesa (Nelson Jobim), Turismo (Pedro Novais), Agricultura (Wagner Rossi), e Esportes (Orlando Silva).
No lugar de Lupi, deve assumir Paulo Roberto Pinto, secretário-executivo do MTE.
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