Um dia depois de se negar, em depoimento à CPI do Cachoeira, a entregar seus sigilos, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (13) que mudou de ideia e abriu mão de seus sigilos.
"Telefonei para os dois líderes do PSDB, na Câmara e no Senado, autorizando a quebra dos meus sigilos assim como já foi feito pelo governador de Brasília [Agnelo Queiroz]. Quem vai estabelecer os períodos é a CPI. De qualquer maneira, os líderes já foram autorizados por mim a procederem a quebra dos sigilos", afirmou.
A declaração foi dada em entrevista coletiva em Goiânia. Perillo, entretanto, não disse quais sigilos aceita abrir --fiscal, bancário ou telefônico.
A postura do tucano mudou após o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), anunciar, também em depoimento à CPI, que oferece seu sigilo bancário, fiscal e telefônico, com o argumento de que "quem não deve não teme".
O anúncio do governador arrancou aplausos e assovios de assessores do governo do Distrito Federal e parlamentares, que acompanhavam a sessão da CPI. Os dois falam à CPI sobre suas relações com o grupo do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso acusado de corrupção.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; acompanhe o Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
Deixe sua opinião