O ministro da Justiça, Tarso Genro, quer "um novo pacto" entre a Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e afirmou que começará a tratar do tema com o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Jorge Félix, quando a investigação sobre o escândalo dos grampos for concluída. "A relação entre a PF e a Abin precisa de uma exatidão matemática e que não permita qualquer liberdade entre pessoas das duas agências. Essa será a questão chave quando a investigação acabar." Para o ministro, essa teria sido a principal lição dos escândalos envolvendo os grampos feitos ilegalmente.
Tarso afirmou que desconhecia a informação de que o diretor da Abin, Paulo Lacerda, tenha sido definitivamente afastado do cargo. Segundo ele, Lacerda continua afastado, mas trabalhando no Gabinete de Segurança Pública. A revelação de que havia 52 agentes da Abin na Operação Satiagraha, da PF, selou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de retirar definitivamente o delegado do comando da agência.
Lacerda foi afastado temporariamente no dia 1º, depois da divulgação do grampo de uma conversa telefônica entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). "Eu não tenho essa informação", afirmou Tarso, que está em Genebra para reuniões com o governo suíço. Ao saber da notícia, ele entrou em contato com seu gabinete em Brasília.
Um de seus assessores foi instruído a ligar diretamente para Lacerda. "Ele me disse que estava tranqüilo", disse o assessor. De acordo com o ministro, a proposta inicial era de Lacerda ficar afastado até o final do inquérito. "Se houve nova decisão, não estou informado. Seria uma decisão de Gabinete de Segurança Institucional", afirmou.
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