Líderes da oposição questionaram ontem o comunicado da Petrobras que responsabilizou o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, investigado pela Operação Lava Jato, pelos prejuízos provocados pela construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco cujo orçamento inicial de US$ 2,4 bilhões, em 2005, saltou para os atuais US$ 18,8 bilhões.
O líder do PPS na Câmara dos Deputados, o paranaense Rubens Bueno, divulgou nota criticando a Petrobras. Segundo ele, o "mea-culpa" da companhia não isenta a direção da empresa e o Conselhos Administrativo e Executivo da responsabilidade pelos prejuízos, uma vez que "deram aval para que Paulo Roberto Costa colocasse em prática o plano de realizar uma série de aditivos que resultaram num superfaturamento dos contratos com as empreiteiras".
Engrenagem
O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), disse que, se o ex-administrador tem "culpa no cartório" pelos desvios, a "engrenagem" instalada na companhia favoreceu o esquema de corrupção que teria sido conduzido por ele. "Essa engrenagem não foi desmontada ainda", avaliou Mendonça Filho.
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