No primeiro ato depois ser empossada como presidente do Incra, na manhã desta segunda-feira, Maria Lúcia de Oliveira Falcón assinou uma portaria criando um grupo de trabalho para avaliar formas de agilizar o procedimento de desapropriação de terras para a reforma agrária no país. No início da cerimônia, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, teve de se retirar da mesa devido a um pico de pressão arterial.
Entre os desafios da nova presidente do Incra, está o ritmo lento da reforma agrária no país. O primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff é considerado um fracasso em número de famílias assentadas.
Segundo ela, houve um momento de readequação das políticas, “para se pensar os territórios de forma mais sistêmica”, e agora, “com diálogo” retomar os processos.
Representantes de movimentos ligados à questão fundiária prestigiaram a posse de Maria Lúcia. Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST, destacou como positiva a indicação da engenheira agrônoma.
— Maria Lúcia é uma pessoa qualificada, tecnicamente, por sua formação, e sempre foi dedicada à inclusão social, a olhar para os mais pobres. Então, é com muita esperança que vemos a chegada dela e a assinatura dessa portaria para acelerar a reforma agrária no país — disse Alexandre.
Engenheira agrônoma de formação, Maria Lúcia é mestre em Economia (UFBA) e doutora em Sociologia da Ciência e Tecnologia (UnB). Entre outras atividades, foi secretária de Estado em Sergipe e já atuou como assessora da presidência do BNDES e coordenadora Técnica do Dieese na Bahia e em Sergipe.
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