O prefeito reeleito de Umuarama, na região Noroeste do Paraná, Moacir Silva (PDT), decidiu doar parte do aumento do próprio salário, aprovado pelo Legislativo no mês passado, para entidades assistenciais. O reajuste total foi de 36,6% - o salário bruto era R$ 13,9 mil na gestão anterior e nesta é R$ 19 mil.
Após a aprovação do reajuste, a população protestou. Por isso, Silva decidiu, na terça-feira (8), equiparar o porcentual de aumento do próprio salário ao dos demais servidores do município: 5,35%. A diferença, equivalente a R$ 3,1 mil, será doada a entidades assistenciais da região a partir deste mês, segundo o prefeito.
Questionado sobre a decisão, Silva explicou que tinha conhecimento do projeto da Câmara Municipal para aumentar os salários, mas a lei foi aprovada quando a Prefeitura estava em recesso de fim de ano. "Se eu fosse vetar isso naquela época, teria de convocar uma sessão extraordinária na Câmara", justificou.
O prefeito afirmou que reavaliou a decisão do reajuste após o amplo questionamento da população e do Sindicato dos Servidores Municipais. "Decidi rever isso no início do mandato para deixar tudo muito claro. Isso também anula a comparação por parte do servidor já que, agora, meu reajuste é o mesmo do que o de o de qualquer outro empregado da administração municipal."
Silva disse que ainda não decidiu qual será a instituição beneficiada com a doação dos R$ 3,1 mil mensais, mas adiantou que vai priorizar aquelas que atuam no atendimento a crianças, adolescentes e idosos. "Talvez alterne as doações para diferentes instituições para que o maior número de pessoas seja beneficiada."
Aumento para secretários
Sobre o reajuste dos salários dos secretários, o prefeito defendeu que o valor de R$ 5.824,55, oferecido até dezembro de 2012, estava defasado. Ele disse acreditar que o aumento de 53,4% para os titulares das pastas, que passarão a ganhar cada um R$ 8,9 mil por mês, é positivo. "Entendo que esse aumento é justo. Se quero bons profissionais, preciso oferecer um salário à altura."
Silva defendeu que os nomeados devem ter dedicação exclusiva ao município e trabalhar mais de oito horas por dia, inclusive nos fins de semana. "É muito responsabilidade e dor de cabeça."
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