O líder txcurramãe Raoni e mais nove índios são recebidos na tarde desta terça-feira no Palácio do Planalto por Rogério Sottili, secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, para entregar uma carta pedindo o fim das obras da usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Os índios afirmam que a construção da hidrelétrica é uma ameaça para as aldeias do Xingu. Eles também reclamam que não foram ouvidos pelo governo na fase do projeto.

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Na entrada, Raoni teve dificuldades de passar pela portaria do Planalto. Seguranças chegaram a fechar a entrada de vidro, com a aproximação dos índios e de um grupo de fotógrafos e cinegrafistas que acompanhava os indígenas. Os índios queriam, na verdade, uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, mas não há previsão de que isso ocorra.

Antes do encontro, cerca de 100 caiapós fizeram, na frente do Palácio do Planalto, uma manifestação contra as obras da usina. A estrela da manifestação era o líder Raoni. Um forte esquema de segurança foi montado para impedir o acesso dos manifestantes à rampa. Homens da segurança presidencial e da Polícia Militar do Distrito Federal fizeram um bloqueio e os manifestantes só puderam ocupar a Praça dos Três Poderes.

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Os índios exibiam no protesto uma grande faixa em que dizem: "Não queremos Belo Monte". Em um cartaz, eles alertavam que Belo Monte é o "apagão do Rio Xingu".

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