Os cerca de 50 manifestantes que invadiram o plenário da Câmara dos Deputados deixaram o local pouco antes das 18h30. O grupo defendia a intervenção militar e gritava palavras de ordem em defesa do juiz Sergio Moro. O protesto durou quase três horas.
Os manifestantes foram levados à delegacia do Congresso, onde devem ser indiciados por depredação do patrimônio. Durante a manifestação, o grupo quebrou a porta principal do Plenário e a circulação de pessoas no local foi interditada.
Assista em vídeo ao momento da invasão do Plenário
A informação de que os invasores seriam indiciados por depredação tinha sido antecipada pelo 1º secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP). Segundo ele, a PF foi acionada para cuidar do caso.
Durante a tarde, policiais legislativos esvaziaram o Salão Verde da Câmara, espécie de hall de entrada do plenário. Mansur e outros deputados que estavam no local tentaram negociar a saída dos manifestantes. De acordo com o 1º secretário da Casa e com o deputado Júlio Delgado (PSB-G), havia manifestantes armados no grupo que invadiu a Câmara.
Em entrevista, o manifestante Jefferson Vieira Alves, que se identificou como empresário da construção civil, afirmou que o movimento foi organizado por WhatsApp e reúne pessoas de todo o Brasil. “Estamos aqui hoje para fechar o Congresso Nacional”, afirmou Alves.
Segundo deputados, a principal reivindicação dos manifestantes é a volta da Ditadura Militar. “O principal pedido deles é a presença de um general ou do presidente da República (Michel Temer)”, disse Júlio Delgado. Além de pedirem a volta do Regime Militar, os manifestantes, que se dizem de um grupo de direita, protestam em apoio a Operação Lava Jato e ao juiz federal Sergio Moro, que conduz a operação na primeira instância.
A invasão
Os manifestantes entraram no local por volta das 15h30. Na entrada, eles quebraram a porta de vidro da entrada principal do plenário. Ao entrarem no local, seguiram direto para a Mesa Diretora, onde permanecem até o momento. Jornalistas e funcionários da Câmara foram retirados do plenário logo após a invasão.
O local foi ocupado enquanto ocorria uma sessão plenária. No momento da entrada, os trabalhos eram comandados pelo 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA).
Manifestante explica o motivo da invasão
Um dos gritos dos manifestantes
Veja um dos momentos onde houve pancadaria
Porta de vidro quebrada após o tumulto
Assista, a partir de 1h34 do vídeo, ao momento da invasão
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura