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O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB, reforçou nesta sexta-feira (23), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a candidatura do deputado Ciro Gomes à Presidência da República vai depender do apoio dos diretórios estaduais do partido. Segundo ele, a decisão deve ser tomada no dia 27, quando a Executiva Nacional do PSB se reúne.

Campos afirmou que na reunião desta manhã, Lula afirmou que respeitará a decisão do PSB, mesmo que seu desejo de uma eleição plebiscitária não ocorra. "Ele [Lula] disse que respeitará a decisão do partido. Se o PSB tiver candidato, ele entende que é legítimo. O PSB já teve candidato antes. (...) Ele já disse que não pedirá a nenhum candidato para desistir", afirmou o governador.

No entanto, Campos disse que as conversas com o presidente são importantes, já que o PSB faz parte da base aliada. "Nós dizemos que o Lula é o coordenador de sua sucessão. Estamos a sete anos e meio na base. Agora, divergimos democraticamente quando achamos que devemos ter candidatura do partido. Estamos pelejando para ter candidatura própria. A decisão do PSB como partido não passa pelo presidente Lula", disse.

Campos voltou ainda a dizer que a candidatura de Ciro depende da vontade da maioria do PSB, inclusive dos diretórios estaduais. Ele afirmou, contudo, que qualquer que seja a decisão ela terá de ser respeitada e aderida por todos os partidários. "Não vamos admitir deserção nos estados. Se decidirmos por candidatura, minoria terá que aderir. Se decidirmos por aliança, que não venha depois dizer que não participou da decisão".

Rumores

Nesta quinta-feira (22), Ciro desmentiu rumores de que estaria fora da disputa presidencial, mas afirmou que aceitaria a decisão do PSB.

"Ciro afirma que continua candidato, que considera sua postulação importante para o PSB e para o país, e que jamais desistirá de concorrer à Presidência. Se o seu partido decidir por não apresentar candidatura própria que assuma o ônus da decisão, que ele respeitará como filiado", afirmou a assessoria do deputado, em nota.

No mesmo dia, Campos disse que a legenda estudava a viabilidade de uma candidatura própria. Segundo ele, Ciro precisaria do apoio unificado do partido para ser oficializado como pré-candidato.

"Ele [Ciro] foi claro na disposição de ser candidato, mas ao mesmo tempo disse que a decisão do partido terá a solidariedade dele. O que eu e o [Roberto] Amaral [vice-presidente do PSB] colocamos para o Ciro é a ideia de colocar todos os estados nesse debate, para ter unidade partidária".

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