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Lula se reuniu com a cúpula do PMDB para diminuir os atritos entre o partido e o governo Dilma. | Ueslei Marcelino/Reuters
Lula se reuniu com a cúpula do PMDB para diminuir os atritos entre o partido e o governo Dilma.| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Depois de três horas de reunião em sua residência oficial com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e caciques do PMDB, o vice Michel Temer tentou botar panos quentes na disputa entre a Câmara e o Senado, depois que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, rompeu com o governo e Renan lançou um plano de ajuda à presidente Dilma Rousseff. Temer, que é o articulador político do governo, disse que a Câmara também se preocupa com o Brasil e que vai colaborar com o plano de 28 pontos que o Senado sugere que sejam implementados para tentar reerguer a economia.

“A sensação que eu tenho, e espero que isso se transforme numa convicção, de que a Câmara dos Deputados vai colaborar. Porque a Câmara também é preocupada com o país. Lá estão os representantes do povo brasileiro. Ninguém quer que o Brasil vá mal. Eu tenho absoluta convicção de que a Câmara vai colaborar”, afirmou Temer, após o fim do café da manhã no Palácio do Jaburu.

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O vice ainda saiu em defesa de Renan, dizendo estar certo de que Renan, ao propor o pacote de socorro ao governo, não tinha a intenção de isolar a Câmara. Temer disse que vai fazer esse esclarecimento no almoço que terá agora com a bancada do PMDB na Câmara e que também fará um encontro com Renan e Cunha.

“ Ele [Rena] jamais quis isolar o Senado em relação à Câmara. A ideia do presidente Renan sempre foi, ao apresentar uma proposta que nasceu no Senado e que é de sua lavra, chamar a Câmara dos Deputados”, pontuou o vice.

O articulador político de Dilma elogiou a vinda de Lula para participar desse debate. Segundo Temer, Lula gostou do plano e sugeriu que o governo o leve adiante. O vice aproveitou para afirmar que o ex-presidente o apoiou em sua polêmica declaração na semana passada, quando disse que a crise política era grave e que alguém teria que reunificar o país.

“[Lula] achou positivo a Agenda Brasil, como achou positiva a minha declaração na semana passada, quando alertei para a gravidade da crise. Foi muito correto nessas afirmações. Elogiou o plano, acha que nós devemos trabalhar nele”, disse.

Lula saiu do Jaburu e foi direto para o aeroporto, para voltar para São Paulo. Além dele e de Renan, também participaram do café da manhã os senadores Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR) e Eunício Oliveira (CE), todos do PMDB, o ex-presidente José Sarney, e os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), que foram indicados pelo partido.

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