Após reunião no Palácio do Planalto, o relator na Câmara do projeto que modifica o Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), disse nesta terça-feira (3), sem dar detalhes, que fará "ajustes" no proposta apresentada por ele nesta segunda (2).
O governo ficou insatisfeito com o relatório de Rebelo porque o texto ignorou pontos considerados essenciais para o Planalto, como a exigência de que todos os agricultores, inclusive os pequenos, recomponham áreas da reserva legal que tenham desmatado.
"Houve mais uma prova do vestido de noiva e essa prova demonstrou a necessidade de ajustes. [...]Estamos em um processo de aperfeiçoamento", disse o deputado.
Participaram da reunião com Aldo Rebelo no Planalto o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e representantes do Ministério do Meio Ambiente e da Casa Civil.
Vaccarezza afirmou que não haverá consenso sobre o novo código, mas disse que construirá até esta quarta (4) um acordo entre o governo e o relator.
"Chegamos muito próximos de um acordo. Não vou falar em consenso porque não há consenso. O que vai haver é um relatório de acordo", afirmou o deputado.
Um dos pontos de discórdia é a isenção da exigência a pequenos produtores de recompor a reserva legal, prevista na proposta de Rebelo. A reserva legal é a área de mata nativa dentro da propriedade que deve ser preservada.
Com a isenção, os pequenos que desmataram seriam anistiados. O governo quer que todos os agricultores tenham a obrigação de recompor a reserva legal.