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O Réveillon Fora de Época, realizado na Praça da Espanha no último sábado, reuniu 25 mil pessoas e teve só duas ocorrências registradas por perturbação de sossego. Contudo, o evento preocupou os vereadores. Juliano Borghetti (PP) apresentou projeto de lei exigindo a presença de, pelo menos, um médico e uma ambulância em eventos organizados pela iniciativa pública ou privada. Pela proposta, reuniões para mais de mil pessoas devem contar com esse tipo de serviço, a partir de uma hora antes do início até uma hora depois do encerramento.

A votação em 1.º turno do projeto foi adiada para hoje em razão de a sessão ter extrapolado o horário previsto. Na justificativa do projeto, Borghetti alega que desmaios súbitos, mal-estar, tropeços e quedas são comuns em eventos de grande porte. "Assim (...) novas exigências legais vêm à tona para regular a qualidade dos próprios eventos, oferecendo melhor segurança e maior celeridade nos primeiros socorros a eventuais acidentes, minimizando potenciais danos".

Parte dos vereadores elogiou a medida, alegando que o projeto poderia receber emendas para se tornar ainda mais completo. A vereadora Julieta Reis (DEM) lembrou de um evento no Jockey Club, em 2003, quando três adolescentes morreram pisoteados e mais de 20 ficaram feridos em um festival com as bandas Charlie Brown Jr, Raimundos, Tihuana e Natiruts. "Precisamos dar uma resposta à sociedade. Muitas vezes, os organizadores desse tipo de evento não querem se identificar para burlar a lei", afirmou.

Redes sociais

O vereador Tito Zeglin (PDT) alegou que muitas das exigências impostas às empresas na organização de eventos deixam de ser cumpridas quando a organização ocorre pelas redes sociais, como no caso do réveillon fora de época. Para Jonny Stica (PT), a cidade tem um espaço adequado para esse tipo de festa: a Pedreira Paulo Leminski. Recentemente, houve acordo entre Ministério Público, prefeitura, produtores e comunidade sobre a necessidade de adequações para o espaço voltar a funcionar. "Cabe à prefeitura realizar as obras necessárias", afirmou.

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