Após passar uma semana na China, a presidente Dilma Rousseff recebeu nesta segunda-feira (18) ministros no Palácio do Alvorada para se atualizar sobre o andamento de projetos do governo. Dilma chegou a Brasília neste domingo (17), após uma agenda no país asiático que incluiu reuniões em Pequim com o presidente chinês, Hu Jintao, discursos em fóruns empresariais e participação na cúpula dos Bric, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Apesar de a agenda oficial da presidente dizer, sem detalhes, que ela passaria o dia em despachos internos, a movimentação na residência oficial foi grande. Por volta do meio-dia, Dilma recebeu para almoço os ministros da Casa Civil, Antonio Palocci, da Justiça, Eduardo Cardozo, da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, e da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Por volta de 16h, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, entrou no Palácio da Alvorada. Uma hora depois, Dilma recebeu o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. Cardozo voltou a se reunir com a presidente no início da noite. Todos os ministros saíram sem falar com a imprensa.
De acordo com o Planalto, as reuniões tiveram o objetivo de colocar Dilma a par dos acontecimentos em Brasília durante o período em que ela esteve na China. Na última quinta (14), Gilberto Carvalho, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e representantes de construtoras e centrais sindicais se reuniram no Palácio do Planalto para discutir as condições de trabalho em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ficou decidido que as obras das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, terão menos trabalhadores, para garantir "tranquilidade na execução".
Também na semana passada foi realizada uma reunião no Ministério do Planejamento para tratar da situação das obras nos aeroportos para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Após as conversas, a ministra Miriam Belchior afirmou ter "confiança" de que o Brasil não vai "passar vergonha" com os aeroportos na Copa de 2014.
A avaliação foi feita após o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) alertar, na última quinta-feira (14), que ao menos 9 dos 13 aeroportos brasileiros que estão em obras para a Copa de 2014 não devem estar prontos a tempo de receber o evento.