Os partidos que trabalham para formar uma frente de oposição no Paraná começam a elaborar hoje um plano de governo conjunto. A decisão foi anunciada ontem, depois de uma conversa do senador Osmar Dias (PDT) com os dirigentes do PSDB, PP, PFL, PSB, PL e PDT. A visita ao pré-candidato a governador, que se recupera em casa, em Curitiba, de uma cirurgia vascular nas pernas, motivou o grupo a começar a traçar estratégias para a campanha.

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Apesar de Osmar não anunciar oficialmente sua candidatura, os aliados saíram da conversa convencidos de que tiveram um avanço nas costuras da pretendida aliança. "O Osmar avalizou esse grupo que estamos criando e até o dia 19 teremos uma definição", disse o presidente do PSDB do Paraná, Valdir Rossoni.

Depois de deixar a casa do senador, os dirigentes partidários se reuniram na sede do PSDB. Eles fizeram um pacto de apoio a Osmar Dias, seja qual for a decisão de cada partido no plano nacional. "Essa visita de seis partidos ao Osmar mostra que todos estão trabalhando com a pré-candidatura dele e devemos chegar a 12 partidos", afirma o deputado federal Abelardo Lupion, presidente do PFL do Paraná.

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Com o suporte político à campanha do pedetista, a definição depende mais agora da questão de saúde do senador do que da oficialização ou não da candidatura do senador Cristóvam Buarque à Presidência da República.

A insistência do PDT nacional em lançar candidato próprio, mesmo com a regra da verticalização que obriga os estados a repetir as alianças nacionais, é um complicador para a campanha dos pré-candidatos a governador do partido. No Paraná, dificulta uma aliança com o PSDB, que também vai disputar a presidência com Geraldo Alckmin.

No entendimento das lideranças de oposição, é possível fechar uma coligação mesmo que os dois partidos tenham candidato. "Como vamos ter o apoio de todos os partidos da aliança a Alckmin, podemos ser recíprocos e apoiar o Osmar", afirmou Valdir Rossoni. "É um acordo político às claras e transparente aos eleitores."

Para não esbarrar na legislação, o PSDB teria de apoiar Osmar Dias, mas não poderia fechar uma aliança formal. Os ajustes terão de ser feitos se no próximo dia 19, durante a convenção nacional, o PDT decidir oficializar a candidatura própria à presidência. A decisão, no entanto, não deve interferir nos planos do partido. "O PDT não é um impedimento para a candidatura do Osmar. Pode mudar o foco das alianças, mas não impede que o senador seja candidato. Só esperamos que ele tenha liberação médica", disse o presidente do partido no Paraná, Augustinho Zucchi.

Além de Rossoni, Lupion e Zucchi, participaram da reunião o deputado federal Ricardo Barros (PP); o presidente estadual do PSB, Severino Araújo; o pré-candidato a governador pelo PL, Victor Hugo Burko, e o ex-deputado federal Alceni Guerra (PFL).

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