O aposentado Antônio Lídio dos Santos, de 66 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (24), no banheiro do ambulatório do Hospital das Clínicas, em Vitória.

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O diretor do Hospital das Clínicas, João Batista Pozzato, disse que o aposentado era doente renal crônico e passou mal em casa. Ele buscou atendimento no hospital por volta de 6h, mas a unidade de pronto-socorro e emergência está fechada há três meses e o ambulatório só recebe pacientes com consultas marcadas.

"Nós iríamos encaixá-lo entre uma consulta e outra, mas ele teve uma morte súbita antes de ser atendido, até em conseqüência da gravidade de seu estado de saúde", diz Pozzato. "O paciente faltou em uma consulta marcada para o dia 11 de setembro e também pode ter suspendido a medicação sem orientação médica", afirma Pozzato.

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Pronto-socorro fechado

Pozzato afirmou que lamenta a morte de um paciente nessas condições, pois o pronto-socorro do Hospital das Clínicas está fechado por questões burocráticas. "Temos um local equipado e pronto para funcionar, mas por questões puramente burocráticas, ele não está funcionando", diz.

Segundo o diretor do hospital, falta verba e é preciso contratar de funcionários, pois os equipamentos estão instalados no pronto-socorro.

Novo convênio com a Prefeitura

O secretário estadual de Saúde, Anselmo Tose, disse que vai solicitar informações sobre a morte do aposentado à direção do hospital. O secretário adiantou que os problemas registrados no Hospital das Clínicas são os mesmos de todos os hospitais universitários do país. "Isso acontece porque os hospitais universitários são ligados ao MEC. O orçamento é via Ministério da Saúde e eles são ligados a Brasília".

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Anselmo Tose adiantou que um novo convênio com a Prefeitura de Vitória será firmado para garantir o retorno do atendimento no pronto-socorro. "Houve um problema na prestação de contas com o dinheiro do convênio da prefeitura. Esse convênio está sendo restabelecido e a expectativa é de que o pronto-socorro volte a funcionar normalmente até o final de setembro". Segundo o secretário, o Estado vai repassar R$ 5 milhões por ano para os ambulatórios.