Os beneficiários convocados para o Censo Previdenciário em outubro de 2005 têm até esta sexta-feira para atualizarem as informações. Os que não entregarem o formulário correm o risco de ter o pagamento suspenso a partir de abril. Os aposentados e pensionistas foram notificados ao sacarem o benefício e informados que deveriam preencher um formulário atualizando dados cadastrais.
Todas as etapas do censo são feitas nas agências bancárias. Os documentos obrigatórios são o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e um documento de identidade, que pode ser a própria Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), Passaporte, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou registro de conselho profissional. O INSS recomenda, também, que o beneficiário apresente um comprovante de residência e o Número de Inscrição do Trabalhador (NIT).
O ministro da Previdência, Nelson Machado, disse na quinta-feira que dos 974.592 beneficiários chamados a se recadastrar nesta primeira fase , 777.510, ou 80% do total, compareceram às agências bancárias.
Os dados foram computados até o dia 20 e deve haver uma pequena alteração nos números. Deixaram de se recadastrar 197.082 pessoas, que terão o pagamento suspenso a partir de abril. Ainda assim, eles terão mais três meses para regularizar sua situação nas agências bancárias, levando documentos e preenchendo um formulário .
O ministro anunciou, ainda, as datas em que 14,7 milhões devem começar o recadastramento, a partir de março, nos bancos onde recebem os benefícios. Quem tem o número do benefício terminado em 1 deve comparecer no banco em abril. Para os que têm benefícios terminados em 2, o censo deve ser feito em maio, e assim por diante.
O ministro enfatizou que os benefícios não serão cancelados, mas sim suspensos até a regularização. Estão sendo recadastrados nesta primeira fase, que vai até julho, 2,4 milhões de benefícios. O ministro da Previdência disse que ainda não é possível precisar os motivos que levaram ao não-recadastramento de 197 mil pessoas, mas ele acredita que haja desde pagamentos feitos indevidamente por falha burocrática até atuação de quadrilhas especializadas em fraudar a Previdência Social.
- Tem de tudo nesse meio. O recadastramento está sendo feito justamente para buscar acabar com a fraude na Previdência Social, que estamos combatendo com todo empenho - afirmou Nelson Machado.
O ministro acredita que a suspensão desses pagamentos deve gerar uma economia mensal de R$ 60 milhões para a Previdência. Nelson Machado anunciou que a partir de março se inicia a segunda etapa do recadastramento, que vai atingir outros 14,7 milhões de beneficiários.
Segundo ele, os 2,4 milhões que estão passando por recadastramento na primeira fase são os mais vulneráveis e que estavam sob suspeição, com falta de dados sobre idade e sexo, por exemplo. A segunda etapa vai até julho de 2007.
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