“Hackers cívicos” buscam soluções para empoderar os cidadãos.| Foto: Divulgação

Qualquer pessoa pode contribuir com as reuniões do Open Brazil, mesmo sem saber programar. Para entrar no fórum, acesse openbrazil.org ou meetup.com/openbrazil. Também possível entrar em contato com o coordenador do grupo, Stephan Garcia, por e-mail: stephan@openabrazil.org.

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Um detalhe interessante é que o grupo dá preferência para programadoras, como uma forma de estimular a participação feminina em um ambiente que costumava ser predominantemente masculino. “Dizemos que é um ambiente saudável, livre de qualquer preconceito”, diz Garcia.

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Qualquer pessoa pode contribuir com as reuniões do Open Brazil, mesmo sem saber programar. Para entrar no fórum, acesse openbrazil.org ou meetup.com/openbrazil. Também é possível entrar em contato com o coordenador do grupo, Stephan Garcia, por e-mail: stephan@openbrazil.org.

Um detalhe é que o grupo dá preferência a programadoras, como uma forma de estimular a participação feminina.

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Em pouco tempo, os curitibanos poderão usar um aplicativo na internet para “desenhar” a sua rua ideal. Um exemplo hipotético: a rua Visconde de Nácar, no Centro de Curitiba, poderia ter calçadas mais largas, com canteiros e bancos. Ou então abrigar uma ciclofaixa.

A ideia dos desenvolvedores, o grupo Open for Brazil, é que os cidadãos tenham uma ferramenta para dizer o que desejam para o espaço urbano. E que o poder público possa se apropriar das sugestões e decidir se há como colocá-las em prática de uma maneira viável. Seria uma forma de encurtar a distância entre as duas partes. O aplicativo deve ser lançado no próximo mês.

Braço da ONG norte-americana Code for America, o Open for Brazil funciona em Curitiba desde outubro de 2014. É a primeira extensão do grupo no país, que já existe em várias outras localidades.

Formado basicamente por programadores, o grupo se reúne semanalmente em um fórum online para discutir ideias de programas que ajudem o cidadão a resolver problemas corriqueiros, que não necessariamente precisem de ajuda do governo.

Foi justamente uma dessas ideias simples e úteis que tornou famoso o Code for America, há cerca de cinco anos. Em Boston (EUA), as frequentes tempestades de neve costumam soterrar os hidrantes, o que dificulta o trabalho dos bombeiros em caso de emergência. O aplicativo “Adote um hidrante” propõe que pessoas que morem próximas a um hidrante se responsabilizem por ele.

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No Japão, a alternativa foi criar o “Adote uma sirene”, para as pessoas cuidarem das sirenes que avisam a possibilidade de tsunami.

Stephan Garcia, coordenador do Open for Brazil em Curitiba, diz que a proposta para um futuro próximo é lançar o “Adote um bueiro” por aqui. Funcionaria nos mesmos moldes básicos da ideia norte-americana. Cuidando de um bueiro, a pessoa pode zelar para que ele não fique entupido e assim evitar uma possível inundação.

Os programadores do projeto se auto-intitulam “hackers cívicos”. Usando tecnologia e princípios do design de rede para criar aplicativos bonitos e descomplicados, a ideia é empoderar os cidadãos e ampliar a forma como eles participam de seu governo.

Segundo Garcia, o poder público costuma receber bem e estimular o desenvolvimento de aplicativos cidadãos quando percebe que pode resolver problemas investindo pouco dinheiro. Também cabe ao governo a cooperação com o banco de dados. Por exemplo, a prefeitura deve ceder o mapa de onde se localizam os bueiros.

A regra básica é que todos os aplicativos tenham código aberto, que podem ser copiados e replicados. Só com base nos programas que já foram criados, o grupo pretende traduzir e exportar para a realidade brasileira pelo menos 30 novos aplicativos até o fim de 2015. O orçamento do grupo brasileiro vem de ajuda financeira do Code for America – mantido pelo governo Obama – e de patrocinadores como o Google e universidades.

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