O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), chega ao final do seu primeiro ano de mandato com 54% de aprovação popular, segundo levantamento feito pela Gazeta do Povo e pela Paraná Pesquisas em dezembro. A pesquisa mostra uma queda na popularidade do prefeito em relação a abril, quando 65% dos curitibanos aprovavam a gestão do pedetista. A desaprovação do prefeito subiu de 26% para 41% no período.
INFOGRÁFICO: Veja a queda da aprovação de Gustavo Fruet
A pesquisa mostra que a simpatia pela gestão Fruet sobe conforme a renda e a escolaridade dos curitibanos. Entre as classes A e B, a aprovação do prefeito é de 60%. Entre quem têm ensino superior, é de 59%. Já para os que possuem apenas o ensino fundamental, a aprovação é de 47%.
Para o diretor da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, o dado é revelador sobre o primeiro ano da gestão Fruet. "O discurso de arrumar a casa, equilibrar as contas é melhor compreendido pelas classes A e B. Nos bairros mais periféricos, parece faltar algo mais direto, algo que impacte mais na vida das pessoas", diz Hidalgo.
Para ele, porém, o quadro é reversível, justamente pelo perfil do público que apoia Fruet. "É mais difícil conseguir a aprovação das classes A e B e dos mais escolarizados. A opinião dos menos escolarizados é mais volátil", diz Hidalgo.
Impaciente
O levantamento mostra também que a população está mais impaciente com o prefeito. Para 43% dos curitibanos, Fruet não está cumprindo com suas promessas de campanha. Em abril, eram 29%. Para Hidalgo, a alta expectativa criada em torno do prefeito acaba sendo prejudicial a ele. "Criou-se uma expectativa ao redor dele que é acima da média. Como se ele pudesse resolver todos os problemas na prefeitura rapidamente. Como não se resolve tudo em um ano, aumenta a insatisfação", ressalta.
A principal queixa dos curitibanos está na área de saúde. Para 26% dos entrevistados, o prefeito não está melhorando a saúde, construindo mais postos, contratando mais médicos e criando unidades 24 horas. A saúde é a área para qual o prefeito deveria dar mais atenção no futuro, segundo 47% dos entrevistados. Na sequência, aparecem segurança (15%) e educação (9%).
O prefeito, por sua vez, diz que fixou as contratações de novos servidores da prefeitura justamente na saúde e na educação. A prefeitura cita como exemplos de melhora na área a ampliação do horário de atendimento em dez unidades de saúde e a construção de novos Centros de Atendimento Psicossocial.
O levantamento atual traz ainda uma diferença importante em relação ao de oito meses atrás. Em abril, um mês depois do aumento da passagem de ônibus e com a polêmica do subsídio estadual para a tarifa integrada em Curitiba ainda viva, o transporte público era apontado como o setor que mais recebeu atenção do prefeito. Esse era o entendimento de 12% dos curitibanos.
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