Em ato na sede da Arquidiocese do Rio de Janeiro, o arcebispo D. Orani Tempesta apoiou publicamente nesta quinta-feira (11) o projeto Ficha Limpa, que visa a alterar a Lei de Inelegibilidades para impedir a candidatura de políticos condenados ou pronunciados (com denúncia acolhida) devido a crimes graves. O movimento pretende entregar ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), na próxima quarta-feira, projeto de lei de iniciativa popular com esse objetivo, já apoiado por 1,6 milhão de assinaturas. Pela proposta, racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas estariam entre os delitos que poderiam impedir um candidato de concorrer em eleições.
"A Igreja tem uma preocupação com a ética, a moral e o bem comum da sociedade", disse D. Orani na manifestação, no segundo andar da sede da Arquidiocese, no Edifício João Paulo I, na Glória. "Precisamos de homens públicos que respeitem a consciência cristã.
Entre os participantes, estavam deputados de posições políticas diversas, como Chico Alencar (PSOL-RJ), Índio da Costa (DEM-RJ) e Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). "Esse projeto tem todas as virtudes e qualidades", disse Chico. "Primeiro, porque respeita a Constituição. E também porque tem o dom de manter o vínculo do representante com o representado."
Um dos objetivos do movimento é que as modificações na lei sejam votadas ainda este ano, para que já valham para as eleições de 2010. Entre os motivos propostos para decretação da inelegibilidade, estão a renúncia a cargos públicos para evitar a abertura de processo por quebra de decoro, compra de votos e uso eleitoral da máquina administrativa.
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