O vice-presidente argentino, Amado Boudou, réu em dois processos criminais na Justiça, irá representar o país na posse de Dilma Rousseff, em Brasília, na próxima quinta-feira. A presidente Cristina Kirchner sofreu um acidente doméstico, fraturou o tornozelo e não deve ter nenhuma atividade oficial até o dia 12 de janeiro.
Políticos de oposição criticaram a ida de Boudou a Brasília.
Martín Lousteau, deputado da oposição, disse que a presença de Boudou na posse é "uma falta de respeito com o povo brasileiro". Outro oposicionista, Miguel Bazze, disse que a presença de Boudou é uma vergonha para os argentinos. "Já se decidiu em outras ocasiões que o dirigente mais questionado e processado do país nos representará ante outras nações", disse. "Assim aconteceu no enterro de Nelson Mandela e agora na cerimônia de posse de mandato do nosso principal sócio. Se Boudou não quer renunciar e a presidência não exige que ele saia, o mínimo do que poderiam nos poupar era da vergonha que seja ele que encarne a Argentina no estrangeiro".
O vice argentino responde a dois processos. Um deles é por suspeita de ter falsificado documentos de um carro importado. O outro é por ter favorecido uma gráfica que prestava serviços ao governo quando ele era ministro da Economia. Ele foi processado por ser o dono oculto da gráfica.
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