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O pré-candidato a governador pelo PT, senador Flávio Arns, faz campanha hoje em Londrina para discutir o plano de governo do partido, mas adianta que não vai propor projetos "mirabolantes" para o estado. A reunião com lideranças da Região Norte é uma preparação para segunda-feira, em Curitiba, quando o PT realiza o terceiro encontro sobre o Programa Alternativo de Governo (PAG).

O plano de governo do PT será dividido em três eixos, começando por uma política de desenvolvimento para as regiões mais empobrecidas. Segundo Arns, 70% dos municípios do Paraná estão com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média nacional. O estado de Santa Catarina, por exemplo, tem apenas 25% dos municípios nessa situação.

Outro projeto que o senador vai propor é uma política voltada para o campo. "O Paraná tem vocação para isso e precisamos trabalhar para a profissionalização e o retorno das pessoas para as atividades rurais", disse.

Além de criar programas para as regiões mais pobres e a área rural, a plataforma de campanha do PT será centrada na questão industrial. Segundo o pré-candidato, 40% da economia do Paraná é baseada na indústria, 20% agricultura e o restante é o setor de prestação de serviços. "O grande problema é que não tem uma política definida do estado na área. Temos que desconcentrar tudo isso, planejar o crescimento industrial para regiões que não tem alternativas", afirmou.

O tom do discurso do petista indica que a campanha será amena em relação ao atual governo. Possíveis aliados no segundo turno da eleição, o PT não deve fazer críticas pesadas ao governador Roberto Requião (PMDB) e deve se limitar a apresentar propostas.

Para Flávio Arns, as pessoas querem conversar , dialogar e participar do processo eleitoral. Ele pretende debater com todos os setores para subsidiar seu plano de governo. "É um diálogo intenso que vamos fazer com todos os setores da sociedade para discutir o papel do estado como indutor e alavancador desse desenvolvimento", disse.

Arns reafirma a candidatura própria do partido e disse desconhecer as informações veiculadas pela mídia nacional de que o presidente Lula poderia intervir na candidatura petista ao governo do Paraná. O presidente estadual do PT, André Vargas, também nega a hipótese e disse ter conversado com membros da direção nacional que desmentiram a informação.

Vargas disse ainda que a opção pela candidatura própria foi decidida pela executiva estadual por unanimidade e com o aval do presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), e da cúpula nacional.

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