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O arqueólogo americano James Petersen, 51 anos, foi morto no sábado num restaurante da estrada M-070, em Iranduba, a 22 quilômetros de Manaus, durante tentativa de assalto. O corpo foi levado para uma funerária da cidade e será trasladado aos Estados Unidos. A família já foi informada.

O arqueólogo era um dos coordenadores do projeto Amazônia Central, uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Vermont (EUA). O arqueólogo da USP Eduardo Góes Neves, que também comandava o projeto, estava com Petersen na hora do assalto e prestou depoimento no 27º Distrito Policial da cidade. A polícia informou que prendeu três suspeitos de ter cometido o crime.

O Projeto Amazônia Central era voltado exatamente para aspectos da violência na região. Petersen e Neves estudavam possíveis guerras que os índios amazônicos lutaram entre si até 1.500, antes da chegada dos europeus ao Brasil. Eles já tinham encontrado em suas escavações estruturas defensivas, restos de fortificações primitivas que protegiam as antigas aldeias. O projeto completou dez anos este ano, tocado por uma equipe de, em média, 15 pesquisadores em uma área de 900 quilômetros quadrados.

JAMES B. Petersen, ou Jim, como era conhecido em seu meio profissional, era titular do Departamento de Antropologia da Universidade de Vermont. Ph.D. em antropologia pela Universidade de Pittsburgh, tinha especialização em arqueologia. Já havia desenvolvido pesquisas nos Estados Unidos e no Caribe, além da que fazia na Amazônia. Os trabalhos na região brasileira, inclusive, já tinham sido assunto de publicações científicas e de um documentário da rede britânica BBC.

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