O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), se reuniu com deputados distritais da base de apoio no começo da tarde desta terça-feira (15) para, segundo Eliana Pedrosa, líder do DEM na Câmara Legislativa, pedir pressa na "aprovação de projetos" que tramitam na Casa. Tanto Eliana quanto o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) disseram que não discutiram a crise política com Arruda.
"O governador, nesse momento, e nós não tocaríamos nesse assunto, evitaríamos essa conversa. Ficaria uma coisa difícil para nós misturar os dois poderes neste instante", disse a deputada. Ela afirmou que foi convidada pelo vice-governador, Paulo Octávio (DEM), para a reunião, e que os deputados chegaram em horários diferentes.
O deputado Rôney Nemer (PMDB) alegou um "compromisso pessoal" para sair mais cedo da reunião. "Saí mais cedo porque queria fazer a barba antes da sessão [da Câmara]", afirmou ao G1.
Os três deputados evitaram dizer quem estava participando do almoço. "Vamos deixar as pessoas dizerem por si mesmas", afirmou Pedrosa.
Manifestantes
Manifestantes voltaram a entrar na Câmara Legislativa nesta terça-feira, mas estavam sendo impedidos pela Polícia Legislativa de chegarem à galeria reservada ao público. Houve um princípio de confusão entre policiais legislativos e manifestantes. Cinco manifestantes chegaram a ser retirados à força da Câmara. Um deles disse ter sido agredido por policiais.
Apesar disso, o presidente interino da Câmara, Cabo Patrício (PT), anunciou em plenário a liberação da galeria e pediu reforço policial na porta do plenário. Patrício disse que o local reservado ao público "não tem condições de segurança" e que os manifestantes serão responsáveis por eventuais danos causados.
Após a entrada, os pouco menos de 20 manifestantes começaram a bater no vidro à prova de som que separa o plenário da galeria. Eles tiraram as meias em referência o presidente afastado da Câmara, Leonardo Prudente (DEM).
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