A Polícia Federal informou nesta segunda-feira (15) que o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), saiu da sede da PF em Brasília pela terceira vez para fazer exames em um hospital da cidade. Dessa vez, ele foi submetido a uma tomografia do coração, solicitada por seu médico particular, Brasil Caiado, na última sexta-feira (12). Não há previsão para que o resultado fique pronto.
A Polícia Federal não informou o local do exame e nem o horário em que ele foi feito por "motivos de segurança". Desde que foi preso em 11 de fevereiro, o governador passou por outros dois exames fora da sede da PF, de ressonância magnética no pé direito por conta de um inchaço.
Arruda está cumprindo prisão preventiva decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por supostamente tentar subornar uma testemunha do mensalão do DEM. O objetivo do suborno seria reverter o depoimento do jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, no inquérito da operação Caixa de Pandora, que investiga o pagamento de propina a aliados do governador.
Na prisão, Arruda também passou por um eletrocardiograma e colheu amostras de urina e sangue para avaliar a evolução de sua diabetes. Caiado também instalou um router para medir os batimentos cardíacos de Arruda por 24 horas. Com todos esses resultados em mãos, o médico particular do governador pretende concluir um diagnóstico que atestará ou não a necessidade de internação fora da Políca Federal.
Cassação
Nesta terça-feira (16), o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) analisa o pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) para cassação do mandato de Arruda por infidelidade partidária.
O pedido de cassação do MPE se baseia no pedido de desfiliação de Arruda do Democratas, seu ex-partido. Pela regra atual, os cargos eletivos pertencem ao partido e não ao político eleito. No caso de desfiliação imotivada, o político perde o direito de exercer o cargo. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a regra vale tanto para mandatos legislativos quanto para cargos no Executivo.
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