No documento em que apresenta os últimos argumentos para propor a perda do mandato do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), o Ministério Público Eleitoral (MPE) descarta a hipótese de perseguição alegada pela defesa e acusa Arruda de ter deixado o DEM "para satisfazer interesse pessoal" e "evitar constrangimentos".
A ação que pode cassar o mandato de Arruda por infidelidade será julgada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) nesta terça-feira (16), às 17h. A data foi marcada pelo relator do caso, desembargador Mário Machado Vieira Netto, que enviou o processo ao plenário do tribunal na sexta-feira (12). Filiado ao DEM desde 26 de setembro de 2001, Arruda entregou sua carta de desfiliação em 9 de dezembro de 2009.
"A rigor, a desfiliação partidária do réu (Arruda) em face do partido Democratas foi por ele estrategicamente formulada, a fim de se antecipar do eventual desfecho do processo de expulsão que o partido político instaurou contra ele diante da divulgação de vídeos onde ele fora flagrado recebendo maços de dinheiro, supostamente oriundo do esquema de corrupção que assola o Governo do Distrito Federal", argumenta o MPE. "Arruda se desligou do DEM para satisfazer interesse pessoal e evitar constrangimentos", complementa.
Assinado pelo procurador regional eleitoral Renato Brill de Góes, o documento de 30 páginas ao qual o G1 teve acesso reproduz argumento utilizado por Arruda para deixar o DEM, em que afirma ter saído do partido para "evitar o constrangimento dos amigos que lamentam o surgimento de tão graves suspeições porque conhecem os resultados de uma gestão que está construindo uma Brasília melhor".
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