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O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), subiu à tribuna na tarde desta quarta-feira para condenar a mensagem em que o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Mauro Marcelo, chama os parlamentares da CPI dos Correios de "bestas feras". Virgílio disse ainda que os trabalhos da CPI não podem ser prejudicados por brigas internas entre e a Abin e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e exigiu a imediata demissão de Mauro Marcelo.

Virgílio disse que é uma falta de respeito com o Congresso a mensagem interna enviada aos servidores da Abin na qual Mauro Marcelo elogia a conduta do agente Edgar Lange na CPI, que teria enfrentado "as bestas feras em um verdadeiro picadeiro". Segundo ele, é lamentável que uma autoridade pública aja desse jeito.

- O presidente Lula tem dificuldade para demitir corruptos e espero que seja mais rápido para demitir alguém que acha que há besta fera no Congresso. Se depender de mim, não vai continuar na Abin - disse Virgílio.

O tucano acusou Mauro Marcelo de tentar transformar a Abin no extinto Serviço Nacional de Investigação (SNI), da ditadura militar.

- Ele está abaixo desse cargo. Olha o que eu faço com esse documento, eu rasgo, pertence ao lixo da História e a uma ditadura que não permanecerá no país - disse Virgílio, rasgando uma cópia da mensagem.

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) também não poupou o diretor da Abin, afirmando que "as bestas feras se encontravam lá no Palácio do Planalto", e não no Congresso. O senador José Jorge (PFL-PE), que é membro da comissão especial que analisa os trabalhos da Abin, quer convocar Mauro Marcelo para se explicar.

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