Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara, deve integrar a comissão que avaliará o impeachment.| Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados

Suspense e disputa até o último minuto. Os líderes de todos os 29 partidos com deputados na Câmara têm até às 18h desta segunda-feira (7), quando vence o prazo final, para indicarem seus representantes na Comissão Especial do impeachment, que vai avaliar se será aberto ou não o processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Na base do governo, os nomes serão fechados após encontro dos líderes com o ministro Ricardo Berzoini, no Palácio do Planalto, às 10h. No PMDB, é segredo guardado a sete chaves. O líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), disse que não irá submeter ao Planalto nem à cúpula do partido os nomes que irá escolher para compor a Comissão Especial. Ele apresentará a lista e pronto.

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Pressionado por todos os lados, por enquanto o único nome certo é o dele próprio. Principal aliado do Planalto, Picciani afirmou que, embora o PMDB tenha vários grupos, ele irá procurar nomes com perfil moderado. Na semana passada, o parlamentar estimava que 60% da bancada eram contrários ao impeachment; 20%, favoráveis; e outros 20% ainda estavam indecisos. No entanto, o líder declarou que não irá levar em consideração essa proporcionalidade na hora de definir.

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Leonardo Picciani deve escolher parlamentares governistas, mas discretos. Entre os cotados está o novato Rodrigo Pacheco (MG): “Vou indicar pessoas de perfil moderado. O tema já é bastante conflituoso e não há razão para colocar gente que aumente ainda mais o conflito”.

Pretendente ao posto e aliado de Eduardo Cunha, Carlos Marun (PMDB-MT) não tem expectativa de ser escolhido por Picciani. Mas diz que pediu ao líder que defina com equilíbrio, com nomes pró e contra Dilma. O deputado diz que ouviu um pedido especial de sua mãe, Dona Dica: de que não se envolva nessa briga e fique fora da comissão.

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PT e PMDB abrem mão de presidir Comissão Especial do impeachment

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“Dos oito titulares do PMDB, o ideal será o líder indicar quatro de cada lado. No máximo, 5 a 3 (pró-Dilma). Vamos aguardar”, disse Marun. “Eu não pedi ao líder para fazer parte da comissão, mas coloquei meu nome à disposição. Mas não tenho expectativa nenhuma que serei indicado”, admite.

Entre os peemedebistas anti-Dilma que também desejam ser indicados estão Osmar Terra (RS), Darcísio Perondi (RS) e Lúcio Vieira Lima (BA), que teria até protocolado no partido pedido para ser indicado por Picciani.

Indecisão no PSDB e no DEM

As disputas continuam no DEM e no PSDB. No PTB, que tem três vagas, só há a definição até agora do nome de Cristiane Brasil (RJ). “No nosso partido está se dando o contrário. Ninguém está querendo”, disse Cristiane.

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No PT, a concorrência é menos intensa que entre as outras legendas. Os líderes do governo, José Guimarães (CE), e do partido na Câmara, Sibá Machado (AC), estão garantidos. Os petistas mais cotados para as outras seis vagas de titulares na Comissão de Impeachment são: Wadih Damous (RJ), Henrique Fontana (RS), Paulo Teixeira (SP), Arlindo Chinaglia (SP), Zarattini (SP) e Paulo Pimenta (RS).

O tucano Carlos Sampaio (SP), Arthur Maia (SD-BA) e Ivan Valente (PSol-SP) também devem estar na Comissão Especial.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]