O afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo de presidente e de seu mandato parlamentar, pela liminar do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi criticado por um dos principais articuladores do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). Pauderney disse ter sido surpreendido com a decisão. Para ele, tomar essa atitude, liminarmente, sem uma decisão do plenário do STF, pode se configurar uma interferência indevida de um poder sobre o outro.
“Confesso que foi uma surpresa ter a liminar do ministro Teori, uma decisão monocrática que deverá ser conformada pelo pleno do Supremo. Surpresa porque já tinha sido marcado o julgamento para hoje”, disse o líder do DEM. “O afastamento do mandato de um deputado e do presidente da Câmara pode ser, sim, interferência sem o julgamento pleno do STF.” Pauderney acrescentou que irá discutir a questão com os advogados da liderança: “Neste momento, devemos ter cautela e prudência. Vamos avaliar no transcorrer do dia”.
O posicionamento de Pauderney coincide com o do próprio presidente afastado da Câmara. Cunha recebeu pela manhã, logo depois que a decisão começou a ser noticiada, telefonemas de aliados mais próximos. Segundo eles, Cunha vinha falando que seria uma interferência indevida do Supremo seu afastamento do cargo de presidente da Casa.
Outra posição
Já o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) comemorou a decisão de Teori: “É excelente a decisão. Já lutamos por isso há muito tempo. Pedimos desde o ano passado. A ADPF da Rede contribuiu para pautar com urgência o julgamento sobre isso hoje e esperamos que julgue procedente para que nunca mais o Brasil tenho um presidente da Câmara ou do Senado réus criminais no Supremo Tribunal Federal. A República não suporta mais isso.
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