Deputados e senadores resolveram antecipar o feriado de carnaval e deixaram os plenários do Congresso às moscas. Na Câmara Federal, no fim da tarde, dos 513 deputados apenas 5 estavam presentes em plenário. No Senado, no mesmo horário, havia apenas 8 dos 81 senadores. Por causa do carnaval, o Congresso só deve voltar ao trabalho no dia 27 de fevereiro.
E a folia continua
Também de olho no feriado esticado, ministros da presidente Dilma Rousseff decidiram antecipar a viagem para seus estados. Pelo menos três deles já estão perto de suas casas. Emplacaram eventos e cerimônias em seus estados para justificar a agenda. É o caso dos ministros Mendes Ribeiro (Agricultura), Moreira Franco (Assuntos Estratégicos) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Ribeiro acompanhou Dilma nas comemorações da Festa da Uva na Serra Gaúcha. Ontem, tinha compromisso em Bento Gonçalves, antes de retornar a Porto Alegre. Moreira Franco, por sua vez, despachava ontem no escritório da Presidência no Rio de Janeiro, onde deve passar o carnaval. Já Ideli embarcou para Florianópolis, onde sua agenda previa visita ao lado do ministro Alexandre Padilha (Saúde) a um centro de saúde.
Dilma e a cachorrada
A presidente Dilma Rousseff ganhou ontem de presente um filhote de cão da raça labrador. O presente foi dado pela tabeliã cearense Márcia Diógenes, que diz ter viajado de Fortaleza para Brasília apenas para dar o animal a Dilma. O cachorro ainda não tem nome. A presidente já tem outros dois cães um deles, outro labrador, de nome Nego, herdado do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Nego, aliás, foi personagem de um dos programas eleitorais na campanha de 2010.
Golpe duro
O PSD sofreu uma derrota ontem com a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), de que o partido não terá direito a presidir nenhuma comissão temática da Casa. Pelo entendimento, o partido também não ficará com nenhuma vice-presidência e seus deputados integrarão as vagas que sobrarem nas comissões. Com 47 deputados, o PSD poderia ter direito a escolher a presidência de duas comissões temáticas e indicar os integrantes das comissões antes de quase todos os partidos. No entendimento do presidente da Câmara, no entanto, as composições internas devem seguir o tamanho das bancadas eleitas e "devem permanecer inalteradas por toda a Legislatura".
Pinga-fogo
"Elas [emendas parlamentares] são usadas, na maioria das vezes, como moeda de troca em grandes votações. Tanto o Parlamento se submete a isso como o governo se utiliza dessa prerrogativa, dessa artimanha, para conseguir lograr êxito na aprovação de projetos que já seriam dever do parlamentar aprovar ou analisar."
Sergio Souza, senador (PMDB-PR), lamentando o corte de R$ 55 bilhões no orçamento da União, anunciado pelo governo federal. A tesourada atingiu todas as emendas parlamentares.
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