Os policiais civis do Paraná vão receber um aumento salarial médio de 40% e a Polícia Militar um reajuste que chega a 57%. As mensagens do governo com os novos salários foram entregues ontem ao presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), pelo secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, e pelo chefe da Casa Civil, Caíto Quintana. O impacto mensal na folha de pagamento é de R $ 17,7 milhões.

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Para a polícia civil, o reajuste gira em torno de 40% e abrange investigadores, escrivães, papiloscopistas e agentes de operações policiais. Ao todo, são 5.323 funcionários da ativa, aposentados e pensionistas. Algumas categorias podem receber até 49% de aumento, dependendo da função. O reajuste dos policiais civis representa R$ 3,63 milhões por mês para os cofres do estado.

O governo também criou uma diferenciação salarial em torno de R$ 200,00 para quem tem nível superior. "A polícia do Paraná está há 11 anos sem reajuste e terá um dos melhores salários do Brasil", disse Luiz Fernando Delazari. Ele espera que os novos valores estimulem todos a trabalhar com maior empenho e dedicação para melhorar a segurança pública. "Não é fácil ser policial, é um trabalho que tem que ser bem remunerado", ponderou.

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Na PM, o reajuste varia de 9,12% a 57,59% e será concedido para os soldados de primeira classe até primeiro-tenente da ativa e da reserva. O governo pretende aumentar a Gratificação Policial Militar Especial que é aplicada sobre o soldo, o salário base do policial. Quem tem nível superior receberá um acréscimo de 50% no valor do soldo.

O aumento dos policiais militares vai custar R$ 14 milhões a mais por mês para o governo e será parcelado. "Vamos começar a pagar em janeiro em sete vezes. Não teríamos caixa para dar aumento de uma só vez nesse momento", explicou o chefe da Casa Civil, Caíto Quintana.

Segundo o governo, 29.917 policiais da ativa e inativos receberão o reajuste. Os soldados de primeira classe serão os maiores beneficiados, com 44,2%. Para primeiro tenente, o índice é 9,12%. "Houve compreensão dos oficiais e delegados da polícia que ficaram de fora do aumento. Pudemos manter as duas polícias com os salários equiparados", afirmou Quintana.

O secretário explicou que o projeto demorou para ser elaborado porque o governo teve que realizar um estudo profundo para adequar o reajuste à Lei de Responsabilidade Fiscal e a capacidade financeira do estado. "Houve angústia da polícia, mas estamos oferecendo o maior aumento da história do Paraná", disse. A discussão entre o governo e a categoria começou no início do ano.

O presidente do Sinclapol, Paulo Roberto Martins, acompanhou a entrega das mensagens e afirmou que os policias estão "contentes" com o reajuste, que foi resultado da paciência da categoria e do poder de negociação.

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O líder do governo, Dobrandino da Silva (PMDB), vai pedir urgência na votação, mas não considera possível aprovar na próxima semana por causa do feriado de 15 de novembro.