
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será o período entre a eleição da nova Mesa Executiva da Assembleia e a posse dos eleitos para os cargos. O período de transição maior é defendido pelo atual presidente da Casa, o deputado Valdir Rossoni (PSDB).
A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou ontem, em primeira discussão, projeto de resolução que antecipa a eleição da Mesa Executiva da Casa de dezembro para outubro, em data ainda a ser definida. Oficialmente, o presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), argumenta que a mudança facilitará o processo de transição de poder com a mudança, a nova Mesa Executiva passaria de dois para quatro meses de transição, uma vez que a posse ocorre em fevereiro. Nos bastidores, porém, a medida é vista como uma forma de o tucano pavimentar a reeleição ao cargo.
Desde o fim do ano passado, Rossoni vinha trabalhando nos bastidores para antecipar a data do pleito, apesar de negar publicamente essa intenção. Há algumas semanas, porém, o tucano anunciou que tinha recebido o aval dos líderes partidários para apresentar a proposta de antecipação da eleição. Segundo ele, a alteração permitirá que haja um período de transição entre as gestões atual e eleita da Casa, dando mais tempo de preparação para os eleitos antes de assumirem os cargos.
A ideia inicial de Rossoni, no entanto, era a antecipação do pleito para julho. Nesse cenário, como é o presidente em exercício do PSDB estadual, ele teria o poder de determinar quem o partido e, sobretudo, o governador Beto Richa apoiará nos municípios que formam a base eleitoral de cada deputado. Dessa forma, Rossoni poderia "amarrar" a eleição interna à disputa pelas prefeituras. A lógica seria que o deputado que votasse pela reeleição de Rossoni receberia o apoio do PSDB na eleição de outubro, caso seja candidato a prefeito. O apoio também se estenderia a aliados dos parlamentares. No entanto, a proposta para a eleição ser realizada em julho foi rejeitada pelos parlamentares, sobretudo do PMDB, que formam a maior bancada da Casa.
Agora, com a definição do pleito para outubro, a grande questão está no dia em que a disputa será realizada: depois do primeiro ou do segundo turno das eleições municipais. Boa parte dos deputados defende que a data da eleição seja marcada apenas para depois das disputas municipais. Isso porque, dependendo dos eleitos em cada cidade, o quadro partidário poderá permitir que se lance um nome forte de oposição a Rossoni.
Hoje, o nome mais comentado como concorrente do tucano é o do primeiro-vice-presidente da Casa, Artagão Jr. (PMDB). Apesar de negar publicamente, o peemedebista já manifestou aos demais parlamentares a intenção de concorrer à presidência. A principal resistência a ele, porém, seria do governador, uma vez que o pai do parlamentar, Artagão de Mattos Leão, é dado como nome certo para presidir o Tribunal de Contas do Estado (TC) no ano que vem. No entendimento de Beto Richa, a família Mattos Leão acumularia muito poder a partir de 2013, com a presidência da Assembleia e do TC.
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