Os deputados estaduais aprovaram nesta terça-feira (17) o Projeto de Lei 262/14, de autoria do Executivo estadual, que mexe no quadro de investigadores da Polícia Civil do Paraná. Com a decisão, serão fechados 65 postos de trabalho do quadro de investigadores de 4ª classe, que passa a contar de 1.172 para 1.107 vagas. Ao mesmo tempo, serão criadas 65 vagas para o quadro de investigadores iniciantes (5ª classe), cujos postos passam de 1.465 para 1.530.
Com a readequação, o efetivo policial permanece inalterado e 65 pessoas que prestaram concurso em 2009 poderão ser chamadas. No projeto, o governador Beto Richa (PSDB) justifica a mexida no corpo policial afirmando que, assim, haverá o ingresso de novos policiais, "que devem suprir diversas lacunas existentes em nossas delegacias, especialmente em municípios do interior, onde a carência de servidores policiais civis é evidente."
Prejuízo em médio prazo
Para o Sindicato dos Investigadores de Polícia do Paraná (Sipol-PR), a manobra representa um prejuízo em médio prazo. "Isso dificulta a promoção dos investigadores de 5ª classe, já que o quadro de funcionários da 4ª classe foi reduzido. Uma promoção, que antes levava três anos, pode levar até seis anos agora", explica Roberto Ramires Pereira, presidente do Sipol-PR.
Pereira ressalta que o sindicato é favorável à contratação de investigadores, mas desde que a ação não prejudique outros servidores. Contudo, André Gutierrez, presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol-PR), frisa que, com o novo Estatuto da Polícia Civil, que está para ser votado ainda este ano como projeto de lei, a promoção não será influenciada dessa maneira.
"A estrutura de promoção não será mais piramidal. Não haverá limitação de vagas por classe. Vai, sim, existir um total de vagas para promoção a cada cinco anos, que pode ser preenchido com policiais de qualquer classe", conta Gutierrez.
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