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Depois de ser considerado persona non grata no Paraná através de um voto de repúdio aprovado pela Assembléia Legislativa no mês de março, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou ontem a ser alvo dos deputados estaduais, que aprovaram um voto de protesto ao presidente.

A razão do desagravo, proposto pelo deputado estadual Antonio Belinati (PP), é o fechamento da Radio Caracas Televisión (RCTV), a emissora mais antiga e popular do país, que saiu do ar na noite do domingo porque o governo Chávez não renovou a concessão do funcionamento do canal de TV.

A discussão sobre a decisão do presidente, a quem o governador Roberto Requião (PMDB) admira, ocupou a maior parte da sessão de ontem. Para Belinati, o Paraná deveria se manifestar contra a estratégia ditadora do presidente venezuelano de controlar a mídia.

A bancada do PT votou contra o voto de protesto. Os deputados Tadeu Veneri e Elton Welter defenderam a posição de Chávez. "O que aconteceu na Venezuela não deveria causar tanta comoção, pois só foi a não renovação de um serviço público", disse Veneri.

O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli, pediu para que os deputados votassem contra o desagravo porque seria a segunda agressão gratuita a alguém "que faz um governo de conquistas sociais sem precedentes na Venezuela".

A maioria não entendeu assim e votou com satisfação a favor voto de protesto. Até parlamentares do PMDB ajudaram a aprovar o requerimento por 21 votos a 12. Em março, os deputados também aprovaram um voto de repúdio a Chávez, proposto por Ney Leprevost (PP).

Apesar do mal estar criado na época entre os aliados mais próximos do governador, que chegaram a defender a apresentação de um novo requerimento retirando o título de persona non grata do presidente, a votação ainda está valendo. E Hugo Chávez continua não sendo bem-vindo no Paraná. (KC)

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