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A Assembléia cancelou 6 sessões e deputados ganharam 18 dias para fazer campanha | Albari Rosa/Gazeta do Povo
A Assembléia cancelou 6 sessões e deputados ganharam 18 dias para fazer campanha| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A Assembléia Legislativa entra em "recesso branco" a partir de hoje até a eleição municipal do dia 5 de outubro. Com o cancelamento de seis sessões, os deputados estaduais terão 18 dias para fazer campanha eleitoral para seus candidatos a prefeito e não terão descontos no salário de R$ 12,1 mil.

A presidência da Assembléia tinha anunciado na terça-feira que o recesso seria menor, de apenas uma semana, mas os líderes dos partidos consideraram o prazo curto e insistiram em mais tempo livre.

O principal argumento para defender o recesso é que a população quer ver o deputado participando ativamente das campanhas eleitorais nos municípios e pedindo votos para seus candidatos a prefeito e vereador.

O líder da oposição, Élio Rusch (DEM), disse que todos que têm base eleitoral em um número grande de municípios do interior não estão conseguindo conciliar as viagens com as sessões em Curitiba.

O deputado destacou que "recesso não é férias" e criticou quem é contra a paralisação dos trabalhos. "Por causa de declarações demagógicas de alguns deputados é que a Assembléia Legislativa está se desmoralizando", afirmou.

O alvo de Rusch é o deputado Tadeu Veneri (PT), que é contra a medida. Para ele, a Assembléia Legislativa não deve copiar o Congresso Nacional, que está em recesso branco desde o último dia 3. "Lá, as CPIs e comissões estão funcionamento normalmente. Mas aqui a população acha que não estamos fazendo nada além de campanha", disse Veneri.

Outros deputados entraram na discussão, que acabou sendo o principal assunto discutido na sessão. O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), afirmou que o cancelamento de seis sessões não vai atrapalhar o andamento dos trabalhos porque não há nada importante para ser votado. "Além disso, ninguém tem férias, não tem deputado passeando", disse.

Quanto mais se aproxima a eleição maior a dificuldade de quórum mínimo de 28 deputados para garantir a votação dos projetos. Dos 13 deputados que são candidatos a prefeito ou vereador, 6 pediram licença.

O presidente da Assembléia, Nelson Justus (DEM), disse que a decisão foi tomada em conjunto pelos líderes partidários e não há nenhum exagero. "Se for necessário vamos repor as 6 sessões após a eleição", disse. Se o governo precisar aprovar algum projeto urgente durante o recesso será realizada uma sessão extra.

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